Manuela Sousa
Biografia
Nasceu em Lisboa a 21 de Maio de 1962.
Licenciada em economia e professora de matemática, dedicou-se igualmente ao ensino desta disciplina no Cinel –Centro de Formação Profissional da Indústria Eletrónica – onde também exerceu funções de coordenação, em que a turma AP2 ganhou um lugar sagrado na sua vida.
“Há gente que fica na história
Da história da gente”
Após a interrupção das suas atividades docentes iniciou em 2002, vivenciando assim o seu lado místico em hibernação desde a adolescência, um curso de astrologia no Quíron – Centro de Astrologia de Portugal – nutrindo numa primeira fase a sua necessidade de união entre o ceticismo e o deslumbramento. O diálogo com as estrelas impôs-se…
Iniciou em 2003 um curso de formação em Vitral Tiffany – um amor antigo – com a artista Gioconda Ferreira.
Em 2003 iniciou-se no Reiki com Irene Soares. Nesse mesmo ano montou um pequeno estúdio, onde se dedicou à exploração das diversas possibilidades de execução de corte do vidro, gostando particularmente de o esculpir.
Em Março de 2004 mostrou pela primeira vez as suas peças no Quíron, no âmbito do autoconhecimento vivencial e psicanalítico relativo à Vénus – “O Gérmen... da Forma...” e o valor da estética. Em Março de 2004 foi convidada a criar uma peça alusiva à trilogia Conversas com Deus, por Vera Faria, organizadora do evento responsável pela vinda de Neale Donald Walsch a Portugal, em Junho do mesmo ano, denominada SER.
Em 2006 expôs na galeria Matos Ferreira, em Lisboa, quatro peças – os elementos – FOGO, TERRA, AR e ÁGUA.
Em 2007 participou num concurso, a nível nacional, para a elaboração de um cartaz em parceria com Paulo Almeida, alusivo a uma exposição relativa ao tema - DESENHOS COM LUZ - tendo sido este o escolhido para anunciar a respetiva exposição (Direção Regional de Cultura do Alentejo).
Em 2010 fez o Nível II de Reiki.
Em maio de 2015 foi-lhe encomendada a peça denominada POMBA, entregue pelo Padre Francisco ao Bispo de Setúbal.
Manuela Sousa gosta de explorar e criar estruturas mistas, utilizando os mais diversos tipos de materiais, até mesmo alguns que são considerados “lixo”. E gosta igualmente de dar ênfase aos reflexos dos vidros que utiliza, pois estes transportam-na para uma dimensão que está para além da matéria…
As artes plásticas, tendo por base a tela, o mármore, a madeira, o metal, vários tipos de papel, maquilhagem, etc., constituem uma variada possibilidade de concretizar a ideia que se faz sentir, num leque de possibilidades do que pretende atingir e expressar.
As tapeçarias que faz estão repletas de botões e de objetos esquecidos dentro de gavetas ou pequenas caixas.
Neste momento está a ensaiar possibilidades de criar texturas sobre azulejos rústicos, com os mais diversos materiais, a fim de obter composições de grande relevo, sendo a mufla fundamental para a realização destes trabalhos.
As Palavras – um outro amor antigo – em 2021 quiseram pular para o papel e expressar memórias. A necessidade de mostrar o amor profundo pela mãe, avó materna e tio materno, foi absolutamente fundamental como processo de cura e pacificação. As memórias transformaram-se em memórias enfermeiras e nasceu a necessidade de misturar tempos e vidas, em que a magia e a fantasia marcaram encontros futuros, acalmando o passado. E assim aconteceu o livro: A Filipa dos Canudos Pretos.
“E se as histórias para crianças passassem a ser de leitura obrigatória para os adultos?
Seriam eles capazes de aprender realmente o que há tanto tempo têm andado a ensinar?”
Filipa Maria era para ter sido o seu nome; Filipa “a amiga dos cavalos”. A sua mãe sabia que tinha trazido ao mundo uma amante destes belos e nobres animais, que Manuela Sousa ama profundamente. Montá-los foi sempre um momento indelével de fusão de almas. Contribuíram ativamente para o seu crescimento como ser humano.
Manuela Sousa está atualmente a escrever: SOS TERRA
A escrita e as palavras sempre fizeram parte da sua vida. Andam por papéis soltos, pedaços à espera…
Não há nada que se compare a um galope na praia em que nos fundimos com toda aquela elegância e alegria de viver que os cavalos têm. São animais que me fascinam de uma forma única, aos quais sempre me entreguei passando a formar com eles um animal só. Galopes loucos, a uma velocidade desmedida, acompanhada por gritos, gargalhadas, abraços e toque de mãos naqueles músculos que nos embalam. Pelo macio... e dar um pouco menos de rédea, um apertar de pernas e um suave toque de calcanhar e aí vamos, nada mais existe, apenas a sensação de um momento de total e absoluta felicidade. Adoro Cavalos! Obrigada Ufano pela taça que me deste e obrigada Líria, Égua fabulosa, inteligentíssima, e em particular um grande e especial obrigada Líder, pela tua sensibilidade ainda mais extraordinária. E a ti Primoroso, por aquele trote inigualável e inesquecível!...
A ti Promissor por me ensinares a nada temer! Montar-te foi um dos maiores desafios da minha vida. Eras enorme. Um irlandês. O terror da Academia. Testaste-me e eu passei no teste. Lembro-me de sentir que eras uma locomotiva. Personalidade austera e não querias ser montado. Detestavas ordens. Gostei logo de ti só por isso. Convidei-te com firmeza e respeito a fazeres o que te pedia. Eu conquistei-te e tu respeitaste-me. Foi lindo!
Tratar-vos e montar-vos foi uma Honra!!!
Foram fundamentais para que eu fosse uma pessoa mais completa.
A ti Carocho te digo que seres tão difícil levou-me a sentir-te profundamente, pois era eu quem tinha que te compreender. Mas montar-te foi conviver com o perigo constantemente, o que me levou a procurar incansavelmente mostrar-te que eu não era um perigo para ti. Não confiavas e assustavas-me, mas o medo não pode vencer-nos e assim nos superamos. Aceitaste-me e eu humildemente te agradeci. Jamais me esquecerei do teu pêlo preto e brilhante e da tua postura possante. Apaixonei-me pela tua beleza e caráter únicos. E tu confiaste em mim.
Dei quedas, uma muito perigosa, mas sempre percebi porquê, magoei-me algumas vezes, sim, mas assumi humildemente a responsabilidade. Imediatismo gera precipitação e querer dar o passo maior que a perna. A vida não deixa! E nós crescemos...
Os animais são Grandes Mestres!
ADORO CAVALOS!